A Palavra de Deus nos convida a fazer
uma reflexão sobre a vigilância,
tema do Evangelho Segundo São Lucas (Lc 12, 32-48). “Vigilância” é o ato ou o
efeito de vigiar ou a qualidade de quem é vigilante. Estar vigilante, ser
vigilante quer dizer estar atento, ter cautela, precaução, zelo, ser cauteloso,
numa atitude de espera serena do Senhor, Ele que vem ao nosso encontro para nos
libertar. Essa atitude de vigília torna-se um convite para que nós nos
preparemos para algo que vai acontecer, algo de bom, aliás, de muito bom, e que
já é esperado. Portanto, estejamos sempre atentos e disponíveis para acolher Nosso
Senhor.
De que maneira Jesus pede que sejamos
vigilantes?
No evangelho, Jesus pede para que os
discípulos sejam semelhantes a homens que esperam o seu senhor, ao voltar de uma
festa, quando vier e bater à porta, que logo lhe abram. Esses servos a quem o
senhor achar vigiando quando vier, serão os bem-aventurados! Exatamente porque
estavam atentos... Jesus, ainda, fala que se o senhor soubesse a que hora viria
o ladrão vigiaria, sem dúvida, e não deixaria forçar a sua casa. Ora, quem é
que pode prever quando o ladrão vai chegar? É uma incerteza, ele pode chegar a
qualquer hora, de improviso, sem ser esperado... Por isto, vai um alerta:
estejamos preparados porque, à hora em que não pensamos, virá o Filho do Homem.
O discípulo fiel é aquele que está
sempre preparado, a qualquer hora e em qualquer circunstância, para acolher o
Senhor que vem.
Estamos nos preparando, estamos vigilantes, atentos?
Meus amigos, a nossa vida,
como discípulos de Jesus, tem que ser uma espera vigilante e atenta, pois o
Senhor está, permanentemente, a vir ao nosso encontro e a desafiar-nos para nos
despirmos das coisas que nos escravizam, nos matam e para percorrermos, com
Ele, o caminho da libertação. Pensemos: o que é que nos distrai, o que nos
prende, o que nos aliena ou nos impede de acolher esse dom contínuo de vida?
Ser cristão é um compromisso em tempo
integral. Tudo o que o discípulo de Jesus faz, pensa, cada atitude, cada opção,
está dando testemunho de vida. Será que nós temos consciência desse
compromisso, ou melhor, dessa missão? Estamos suficientemente atentos e
disponíveis para acolher e responder aos apelos que Deus nos faz e aos desafios
que Ele nos apresenta através das necessidades dos irmãos? Estamos suficientemente
atentos e disponíveis para escutar os sinais em que Deus nos apresenta as suas
propostas? É um desafio, mas podemos aceitar ou não...
A Palavra de Deus, hoje, proposta é
um convite e, também, uma reflexão, a todos aqueles que desempenham funções de
responsabilidade: quer na Igreja, quer no governo, quer nas autarquias, quer
nas empresas, quer nas repartições públicas ou nas escolas... Como está sendo cumprida a missão que nos foi
confiada? Com honestidade? Ética? Responsabilidade? Justiça? Com humildade? Com
amor? Com zelo? Com fidelidade? Com respeito? Ora, todos nós devemos estar e ser vigilantes!!!
Que ninguém se iluda, o ser humano tem sede Deus.
Os bens terrenos são instrumentos necessários para a vida, mas o coração não
deve apegar-se a eles (bens terrenos). É fundamental na nossa vida de cristão a
nossa comunhão com Deus e a nossa fidelidade à missão que nos foi confiada.
Brasília
09/08/2013
Maria Auxiliadôra