sexta-feira, 13 de outubro de 2017

VIGIAR O CORAÇÃO


Vigiar o coração, como se vigia uma casa: com chave, diz Papa Francisco.
Papa Francisco convida a fazer o exame de consciência para cuidar de tudo o que acontece no coração
Maus pensamentos, más intenções, ciúme, inveja. Tudo isso entra e sai dos nossos corações todos os dias. Seria bom fechar a "chave" este coração, assim como você fecha a casa para impedir que entrem ladrões.
A chave em questão - disse o Papa Francisco na missa desta manhã em Santa Marta - é "o exame de consciência", uma prática "antiga, mas muito eficaz” que permite "recolher-se" ou "ficar em silêncio diante de si mesmo e diante de Deus e, no final do dia, se perguntar: "O que aconteceu hoje no meu coração? Entrou alguma coisa que eu não conheço?".
As armadilhas são muitas, porque "o diabo tem paciência", diz Bergoglio, "não deixa o que ele quer para si”. Ele fez isso com o próprio Jesus, que foi atormentado, depois ele deixou de tentar por certo tempo, mas voltou várias vezes; colocando-o à prova e preparando-lhe "armadilhas" até à Paixão e morte na Cruz.
E se ele fez isso com o Filho de Deus, imagine com a gente. Por isso, é preciso "vigiar nossos corações" - insiste o Papa - porque nele habita o Espírito Santo e não deve entrar "outros espíritos". E se eu não me dou conta do que vai para o meu coração - advertiu o Santo Padre – “o meu coração se torna uma praça, onde todos vêm e vão". Torna-se "um coração sem intimidade", onde "o Senhor não pode nos falar e nem ser escutado".
É por isso que Jesus disse: E quem não recolhe comigo dispersa. Usa a palavra 'recolher', só para dizer que é preciso "ter um coração recolhido, um coração onde sabemos o que acontece", observou o Papa.
O exame de consciência, nesse sentido, é uma graça. "Quem de nós - pergunta Bergoglio - à noite, antes de terminar o dia, se recolhe e se pergunta: o que aconteceu hoje no meu coração? O que passou pelo meu coração?".
Se não fizermos isso - acrescenta - realmente não sabemos vigiá-lo bem, porque, como todos sabemos, "os demônios voltam sempre", até "no final da vida".
Fonte: Por Salvatore Cernuzio - ROMA, 10 de Outubro de 2014 - (Zenit.org)

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